domingo, 18 de março de 2007

Peões por Lisboa - Propostas concretas (V) - pensar a cidade

Retomo a série «Peões por Lisboa» para divulgar uma iniciativa do Fórum Cidadania Lisboa, a que se juntaram especialistas como Helena Roseta, Nuno Teotónio Pereira, Filipe Lopes (Associação Ofícios do Património e da Reabilitação Urbana), Guilherme Alves Coelho, Luís Coimbra e este vosso peão de serviço.
O governo está interessado em vender 6 espaços emblemáticos de Lisboa: Liceu Machado de Castro, Docapesca, Quartel de Infantaria 1 (Forte Conde de Lippe), Hosp. D. Estefânia, IPO e Penitenciária (EPL). O debate foi suscitado por associações e cidadãos interessados em pensar a cidade e por 3 razões imediatas: 1) a relevância desses espaços na dinâmica urbana (como diz o texto, mais que jóias, são dedos do património urbano alfacinha); 2) a necessidade de equacionar a ocupação destes espaços no quadro de planos urbanísticos pré-existentes e segundo uma lógica que articule habitação, terciário privado, com serviços públicos relevantes, espaços verdes, etc.; 3) em consequência dos 2 anteriores, a necessidade da venda de património deste teor levar o Estado central a auscultar interlocutores locais válidos e a aproveitar a discussão pública do tema.
Do debate gerado e dos contributos recolhidos pelo Fórum resultou um «Manifesto de cidadãos por Lisboa», que o Público publicou hoje com o título «Seis casos, cinco ministérios, um só destino?». É uma página inteira (Local, p.28). Que tais ideias possam ajudar a repensarmos as nossas cidades.
Nb: na imagem vê-se um cortejo republicano a Camões subindo a Rua do Carmo (AFML).

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